Na Serra da Bodoquena as cachoeiras crescem.
A Serra da Bodoquena é conhecida pelos seus atrativos naturais, sobretudo os seus rios de águas transparentes.
A Serra da Bodoquena é conhecida pelos seus atrativos naturais, sobretudo os seus rios de águas transparentes, repletos de incontáveis depósitos de delicadas e belas “tufas calcárias” ou “travertinos”, que formam cachoeiras e piscinas naturais. A palavra tufa tem origem nos tempos romanos e era usada para descrever materiais porosos.
São três, os fatores responsáveis pela formação das “tufas calcárias”: a água límpida, o alto teor de calcário e a constante deposição sedimentar (galhos, folhas, algas e musgos) no leito dos rios. A água é transparente porque suas nascentes estão localizadas em depósitos de calcário muito puro, com alto teor de bicarbonato. A água vai escorrendo pelo rio e quando encontra sedimentos, faz com que estes se depositem no fundo (decantação) e vai revestindo esses resíduos, constantemente, com uma camada de calcário. As tufas tem um formato de cálice, fundas no centro e rasas na borda esse processo cria esculturas naturais de incrível beleza e está em constante transformação: por isso, diz-se que as “cachoeiras da Serra da Bodoquena crescem”.
Exemplos marcantes disso são os perfeitos “cálices” de calcário da Garganta da Arara e a “cara” de uma onça que foi sendo lentamente esculpida, pela natureza no paredão vertical da Cachoeira Boca da Onça. A abundância de água na serra já era reconhecida pelos seus primeiros habitantes, os índios da tribo Guaicuru que deram a região o nome de Bodoquena que significa “nascente em cima da serra”, esse conjunto paisagístico, tão procurado pelos turistas, é muito frágil e somente através da preservação ambiental esse processo terá sua continuidade garantida.
No mundo, este conjunto de tufas calcárias é superado em tamanho, apenas pelos depósitos de tufas do Parque Plitivice na Croácia, considerado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO .